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BUSCA RÁPIDA

segunda-feira, 25 de outubro de 2010

O PROBLEMA DO LOCALISMO É AGRAVADO PELA IGNORÂNCIA

por: redação bbing082

Um salve a todos os navegantes de Bodyboarding 082! Depois de perceber esta situação e também me tornar vítima desse problema (e não é a primeira vez) aqui estou para falar sobre o "localismo" que se quer implantar em algumas praias alagoanas, em especial o Francês.

O que não deveria, mas está se tornando rotineiro na bela praia do Francês é a perseguição sistemática dos surfistas contra os Bodyboarders, que mesmo não dando cabimento algum, vem se submetendo a palavras de baixo escalão ou mesmo agressões por parte dos surfistas que querem nos tomar de “chacota”. O clima paradisíaco do Francês, tem se transformado em clima de tensão no mar. Sem qualquer motivo aparente somos obrigados a ouvir ofensas verbais do tipo: “esses cotoquinhos querem pegar tudo”, “essas M... desses chicletes de tubarão, tampas de privada...”; e daí para muito pior.

Muitas vezes essa atitude vem de um surfista profissional, que não devia, mas se acha mais do que alguém por razão que só ele mesmo deve conhecer. Não é admissível um profissional ter uma conduta de desrespeito ao ser humano e ao esporte diferente, ser Profissional não é tão-somente saber pegar onda. A violência é algo intolerável pelas sociedades de todo o planeta em todas as suas diversidades.

Atacam a nossa categoria mas não conhecem de fato nosso esporte, o preconceito ou seja, o pré-conceito, é a ignorancia humana e por isso eu só lamento pela pessoa de vocês. Nós estamos ali como todos os demais, a fim de pegar as ondas, treinar e se divertir. Parece que se está a esquecer a finalidade e a filosofia de vida que é o surf, em todas as suas modalidades, representa. Nessas situações deixa-se de lado toda aquela satisfação pessoal, o prazer de surfar uma boa onda até mesmo ver uma onda bonita quebrando sozinha ou outra pessoa surfando aquela onda que não deu para você; deixando em casa e no trabalho todas as tensões do dia-a-dia, levando para a praia o que se tem de pior dentro do ser humano. É isso que se quer?

Vou relatar o ocorrido deste sábado: ao “dropar” uma onda que se apresentou de esquerda, mas adiante quase fui atropelado e furado (ou cortado) pela prancha de um surfista conhecido de nosso Estado, eu não raberei e ainda que tenha tentado evitar, mas o cara tava obstinado a causar um dano qualquer. Tenho propriedade para falar isso, pois já peguei onda em vários alguns lugares, e nunca passei algo semelhante até então. Eu havia “dropado” à esquerda o tal cara vinha mais lá na frente forçando a onda para a direita que já havia espumado e terminado, restando apenas o outro lado da onda que era a esquerda que eu vinha. A me ver vindo na esquerda, no melhor momento da onda, até pensei que ele iria sair da onda, como seria o normal, mas para minha surpresa o vi vindo em minha direção como se tivesse mirando o alvo e ao chegar próximo saltou da prancha jogando-a, propositalmente, em minha direção para atingir a mim ou meu equipamento. Vale dizer que a onda era totalmente de esquerda, e o mesmo como um Profissional sabia ou ao menos deveria saber disso, mas agiu de má-fé, criando motivo inexistente para “vomitar” em um Bodyboarder, cumprindo sua “missão” de cada dia. Abortei a manobra fazendo o possível para não ser atingido pela prancha (bico ou quilhas) desta pessoa, acabamos vacando bem próximos. Senti que não fui atingido em qualquer parte do meu corpo, e sinceramente não entendi como isso aconteceu, porque do jeito que foi a coisa era certo, como 2 e 2 são 4, que eu me machucasse com certo grau de seriedade em virtude da velocidade, da ponta (bico) e três lâminas (quilhas) que possuem as pranchas; entretanto, por sorte, não me machuquei. Quando subo próximo a ele vejo o meu equipamento “embolado” com o dele. Como não me feri o primeiro passo foi verificar se havia danificado meu equipamento que por sorte também não sofreu nenhum arranhão. E o mesmo, decepcionado por não ter conseguido me causar um dano qualquer, se achando certo, ainda quis “escarrar” em mim os seus modos, falando bobagem e querendo impor uma verdade (de que eu era o errado) sem cabimento algum. EM RESUMO O TÍPICO MAL CARÁTER. O fato é que eu poderia ter sofrido um furo ou corte profundo, que me levaria dali imediatamente para um hospital, ou até mesmo ter danificado meu equipamento ocasionando um prejuízo de 500 reais aproximadamente.

É importante destacar que a maioria dos surfistas que se diz local do Francês reside em Maceió e assim como nós, excetuando a minoria que é local de verdade; se desloca da capital para o Francês em busca da mesma coisa que nós, ou seja, ondas. O fato é que morar ou não no Francês, ou mesmo estar lá todo dia, não dá mais nem menos direito a um indivíduo do que para os outros. Sem contar que não há como estabelecer esse localismo no Francês, haja vista que esta é uma praia freqüentada por gente de todo os cantos do Estado e do país. E isso se aplica a outras praias também.
O surf em todas as suas modalidades vem crescendo muito, ganhando inúmeros adeptos e isso se reflete no “crowd” dentro d’água. É preciso entender esse aspecto do surf contemporâneo, buscando sempre um equilíbrio razoável entre esse monte de gente nas praias, que por uma limitação obvia e natural; não podem aumentar, resultando certa saturação em alguns picos. É importante mencionar que não sou da “apologia da raberação”, sou a favor do respeito, tem que saber chegar, surfar e sair. O Respeito é necessário sempre, mas vale para todos.

A implantação do “localismo” onde quer que seja abre um precedente perigoso. Primeiro porque não é correto fomentar a violência descomedida as pessoas tidas como “forasteiras” sob o prisma do localismo. Segundo porque não se pode ser local de todas as praias, de modo que o ofendido em uma praia ao receber o seu ofensor em “sua” praia irá querer retribuir a agressão sofrida. Desta forma, pela sequência lógica, a violência das represálias irá chegar num ponto em que cada pessoa só poderá surfar onde mora ou onde surfa com mais frequência, para evitar agressões verbais, físicas, ou mesmo, ao patrimônio particular (ex: carro, equipamento e etc.). Podendo inclusive gerar situações em que incide aplicabilidade da lei penal e civil. Existem muitos outros argumentos que podem embasar esta crítica ao localismo, mas me satisfaço com estes diante do longo texto da publicação.

Gostaria de pedir que todos fizessem essa reflexão, para sabermos onde queremos chegar e o que realmente queremos para nós. Pois a violência gera violência. O respeito e o convívio harmônico são os anseios de todas as sociedades do mundo e também do direito, que busca através de normas gerais a apaziguar os conflitos sociais. Sou a favor do mútuo respeito! E da busca da tutela jurisdicional para a solução desse tipo de problema.

E já está mais do que na hora de acabar com esse preconceito estúpido que discrimina nossa classe, pegamos onda deitado por opção, não somos melhores nem piores, apenas diferentes, devemos e merecemos respeito também. Não somos inimigos de vocês, apenas optamos por uma modalidade diferente, mas que precisa também das ondas que, com consciência da para todo mundo surfar numa boa. Nós temos bons exemplos muito próximos daqui, devemos querer seguir sempre os melhores exemplos e não querer ser o "sem noção".

Nas praias só queremos respeito, paz e muitas ondas.

Um comentário:

  1. tem uns caras ali que n sei n..acha que eh alguma coisa... isso ai eh lamentavel... um cara desse eh o verdadeiro pe de breque...nem faz as correria dele nem deixa a dos outros..

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