Esta é o "prancha" que deu origem ao atual Bodyboarding que conhecemos e tanto nos impressiona atualmente pelo nível que há atingido. Naquele tempo era conhecido no Hawaii como Paipo-board, visualmente é um bodyboard mais rústico fabricado de madeira.
Existem alguns relatos de tribos antigas na polinésia que já surfavam as ondas deitados, no entanto até onde se tem registros concretos o Paipo é o “Bodyboard” mais antigo, e não seria nada de outro mundo pensar que alguma tribo antiga possa ter imaginado e criado isso, pois é uma forma muito óbvia de surfar, que seria uma evolução natural do surfe de peito, o Bodysurf. O Paipo era comumente utilizado pelos nativos havaianos que se distanciavam dos reis, porque somente os reis podiam surfar em pé, como uma divisão dos nativos havaianos em castas.
O Bodyboard moderno surge com o invento do engenheiro químico e surfista americano Tom Morey em 1974, que pensou em criar uma prancha mais acessível a todos, em compasso com o espirito paipo, confeccionando a primeira prancha de polietileno, batizando-a de Bodyboard e dando uma nova cara ao esporte. Em 1975 uma grande empresa americana comprou os direitos de fabricação e passou a produzir Bodyboards em grande magnitude. Assim, a modalidade ganhou rapidamente milhares de adeptos pelo planeta, o que contribuiu muito para o estabelecimento das primeiras marcas exclusivamente Bodyboard.
Hoje a indústria Bodyboard movimenta milhões e o nível de performance que os atletas chegaram a fazer em um Bodyboard supera os patamares mais altos que Tom Morey pode ter sonhado. As possibilidades de uma prancha de Bodyboard chegam a ser absurdas, podendo se dizer, sem medo de errar, que é o esporte número 1 no que se refere a desempenho nas ondas mais perigosas e desafiadoras do planeta, como por exemplo: Cyclops, The Box, El Fronton, entre vários outros. Não é ofensa alguma dizer que nos picos mais sinistros os limites foram e são ditados pelo que os Bodyboarders conseguem fazer.
A criação do Bodyboard incrementou o mundo surfe, com uma nova modalidade repleta de possibilidades, despontando como o esporte aquático mais agressivo e técnico da atualidade, exigindo preparo físico e muito treinamento para quem quer levar o esporte a sério, isto é, tornar-se competidor. A variedade de manobras que se pode fazer num Bodyboard é vasta, mesmo que hajam aquelas tidas como tradicionais, como o El Rollo, 360º, 360º Invertido, Aéreo, ARS, Back Flip, 360º Normal Aéreo, 360º Invertido Aéreo, acabam surgindo novas manobras (como o Rollo Invertido por exemplo) onde se aumenta o grau de dificuldade da manobra e a plasticidade da mesma, podendo sermos comparados a ginastas dos mares pelas "acrobacias".
Veja a seguir o video da Paipo Session de Pierre Louis Costes voltando as raízes do Bodyboarding no Hawaii, que se encontra no Youtube. PLC, que surfou com apenas uma "tábua de madeira" (Paipo-Board) quase como se estivesse surfando com um Bodyboard moderno.
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