Atualmente vem-se notando uma decadência no Bodyboarding feminino alagoano, infelizmente, percebe-se cada vez menos garotas praticando a modalidade em Alagoas, Estado que já teve grandes nomes e diversas outras atletas de talento, como as irmãs Bianca e Juliana Andrade, Maria Amélia, Sibele e Tanilze Uchôa, Patricia Mesquita, Aninha, Vanessinha, entre outras. O fato é que não houve renovação no âmbito da categoria feminina e muitas dessas atletas já não surfam mais, com algumas raras excessões.
Ainda lembro há bem pouco tempo que quando ia surfar dividiamos espaço muito sadiamente com várias garotas no mar, disputando as ondas conosco e demarcando o espaço delas, e claro com um pouco de gentileza elas sempre pegavam boas ondas. Era bonito de se ver as praias floridas de garotas Bodyboarders e nos campeonatos a categoria feminina recheada de competidoras. Hoje, a categoria feminina em Alagoas é praticamente uma categoria morta, que para se conseguir ter ao menos uma bateria (direto a final) ainda é preciso virem atletas de outros Estados, como Sergipe, Pernambuco e Ceará, por exemplo.
É lamentável a constatação de que fomos do vinho para a água e já não temos representação feminina nos principais campeonatos, e antes, tinhamos. Se compararmos a situação do Bodyboarding feminino alagoano com outros Estados, como Ceará, Espírito Santo e Rio de Janeiro, verificamos ainda mais esse desparate. O Ceará eregiu uma campeã mundial (Isabela de Souza), Espírito Santo nem se fala, temos a penta campeã mundial Neymara Carvalho, entre outros nomes também consagrados, como Mayla Venturin, Naara Caroline e etc., no Rio de Janeiro se tem Jéssica Becker, Maria Helena, Nicole Calheiros, entre muitos outros nomes de peso do passado e do presente, algumas em plena atividade. E o principal, nesses Estados, como em outros existe uma renovação contínua; as gerações anteriores vão amadurecendo e por outro lado vão surgindo novos talentos. Outro detalhe muito importânte é que nesses Estados as iniciativas públicas e privadas contemplam o Bodyboarding, isto é, as federações funcionam como devem, as Secretarias de Esporte também, e, por sua vez, as empresas privadas também abraçaram a modalidade. Diante de tudo isso fica um questionamento, se outros Estados conseguiram formar tantas campeãs por quê Alagoas não o consegue também? Indagação que também se aplica à situação dos atletas homens.
Acredito que ainda falta muito reconhecimento e incentivo dentro do próprio Estado, para que as garotas desenvolvam o Bodyboarding. Existe uma grande carência, resultante da falta de patrocínio de empresas privadas, da inércia da Federação Alagoana e da inassistência da Secretaria de Esportes Estadual e/ou Municipal, que parece fechar os olhos para a nossa modalidade que, não tenho dúvida, é uma das que mais traz títulos e melhor representa Alagoas fora do Estado, mesmo com toda essas dificuldades vivenciadas pelas(os) atletas. Triste realidade que quase todos já conhecem de cór e salteado. É preciso ter mais orgulho daquilo que é nosso, valorizar e fazer por onde alavancar esses atletas.
Não podemos deixar a categoria feminina se extinguir em Alagoas, será preciso estimular as jovens, nossas vizinhas, amigas, primas, irmãs, namoradas e etc., a praticar o Bodyboarding, seja visando serem atletas de verdade ou mesmo por mero lazer. Assim, quem sabe então se descubra novos talentos femininos que possam vir algum dia a reassumir o posto do Bodyboarding feminino alagoano no cenário regional e nacional, e preencher essa lacuna que vem de alguns anos de esquecimento e banalização do Bodyboarding alagoano; além das necessidades da vida é claro, algumas atletas casaram-se, tiveram filhos passando a se dedicar a família, passaram a desenvolver atividades econômicas ou até pararam por parar mesmo, revestidas do desânimo que adentra aquelas, e aqueles, que sonham e veem seus sonhos muito distantes, dependendo de iniciativas publicas e privadas que nunca vem; e queriamos, precisamos e merecemos que viesse.
Todos os aspectos trazidos visam provocar, de forma sádia e dialética, aqueles que tem competência para mudar essa realidade no sentido de oferecer estrutura aos atletas (Bodyboarders), e nós sabemos quem tem o poder-dever de oferecer ao atleta a condição, que seja mínina, de exercer a sua atividade com uma estrutura mais profissional. Tudo que esá sendo exposto configura uma realidade triste que queremos mudar, e, para isso, é preciso ter pessoas que falem aquilo que nem todos sabem ou não tem coragem de fala e se posicionar por pura politicagem, mas a nossa política é o Bodyboarding. O primeiro passo para mudar é não se acomodar, e é isso que queremos. Queremos devolta as praias floridas de garotas Bodyboarders, queremos devolta a categoria feminina repleta de atletas novas, já que as antigas não estão mais em cena, e seria muito especial que essas atletas antigas voltasse a ativa também.
Para as garotas alagoanas fica o convite a que procurem conhecer mais o nosso esporte, felizmente a internet facilita muito o acesso a informação, recomendamos também que vocês assistam vídeos nacionais e estrangeiros, que vão a uma praia, consigam um bodyboard qualquer e peguem a sua primeira onda, possivelmente vocês não vão querer mais parar. O Bodyboarding é saúde e é vida.
KEEP BODYBOARDING
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